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segunda-feira, 28 de julho de 2014

As eleições foram prostituídas', diz Pinheiro ao criticar o sistema eleitoral brasileiro


28/07/2014

Em entrevista ao programa Acorda Pra Vida, da Rede Tudo FM, nesta segunda-feira (28) o senador Walter Pinheiro (PT) criticou duramente o sistema eleitoral brasileiro. “As eleições foram prostituídas. O sujeito da eleição de 2016 já está fazendo campanha desde agora”. O petista comentou sobre a proposta de reforma política. “Um dos pontos da reforma política é a reforma do conteúdo programático. Dia sete de outubro apresento [a proposta de] eleições gerais, em 2019, com o fim da reeleição”. Pinheiro disse também discordar de duas casas que tem o funcionamento parecido. “O Senado é outra Câmara. Nós temos quatro casas legislativas. Volto a dizer, o Senado hoje faz o mesmo papel da Câmara. Tem temas que eu acho que a Câmara não deveria discutir. Idem o Senado. Tem temas que não precisariam transitar nas duas casas. No geral, a gente termina fazendo tudo. E a gente não vai contribuindo para colocar o dedo na ferida. Legislar a partir do que se precisa”, ponderou. Com tantas emendas, o senador baiano disse que já se tem uma nova Constituição. “Já fizemos uma nova Constituição. A Constituição é para ter diretrizes. Nós mudamos a Constituição”, criticou. Sobre o processo de reeleição, o senador se mostrou contrário ao Executivo e possibilitou apenas mais uma mandato para o legislativo. “Reeleição para Executivo é um mandato e acabou. Para o Legislativo pode se reeleger uma vez só. Tem um deputado federal que tem onze mandatos. Esse negócio é complicado. No quinto mandato, por mais que eu mantenha o pique, a tendência natural é de acomodação”, disse. Ele aproveitou para responder às críticas ao trabalho dos parlamentares. “Lá dentro é o extrato do que tem aqui fora. É obvio que o que vai para lá tem um peso maior que é o fator econômico. Eu acho que é importante a gente dosar”, balanceou. Sobre apoio de pai político a eleição de filho e/ou esposa, Pinheiro disse ser contra. “Eu acho que o Tribunal deveria proibir esse tipo de coisa. Essa coisa de filho vira uma capitania hereditária. Porque que para disputa eleitoral a gente pode botar parente? É bom que a gente tivesse regras porque isso é um uso e abuso para se manter”, disse. 

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