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domingo, 22 de março de 2015

Escritório americano procura denunciantes de corrupção no Brasil

Domingo, 22 de março de 2015

Marcus Augusto Macedo 

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No momento em que a delação premiada ganha força no País via Operação Lava Jato, uma propaganda na TV fechada convida cidadãos brasileiros a denunciar o suborno de funcionários públicos por companhias norte-americanas. A proposta é ajudar o governo dos Estados Unidos a combater a corrupção corporativa recebendo em troca uma “recompensa substancial”. Até hoje, o valor máximo pago em recompensa foi de US$ 30 milhões. O objetivo é dar munição para ações contra empresas com papéis negociados nas bolsas norte-americanas e suspeitas de corromperem funcionários públicos para obter vantagens em seus negócios no exterior. Nos EUA, o suborno de funcionários públicos ou autoridades estrangeiras por companhias abertas configura uma violação à Lei de Combate à Práticas de Corrupção no Exterior (Foreign Corrupt Practices Act, FCPA, na sigla em inglês). O passo a passo para colaborar com o Tio Sam está no site www.subornoamericano.com.br, o mesmo do anúncio na TV. Os autores da página se identificam como uma organização especializada em dar suporte a denunciantes, o que inclui proteger sua identidade e ajudá-lo a preparar a documentação a ser entregue ao governo americano. A empresa responsável pelo serviço é o escritório de advocacia Franklin D’Azar & Associates, cujo nome aparece no comercial. A banca é especialista em ações coletivas de investidores (“class actions”) e em assessorar interessados em participar dos programas de denúncia de corrupção do governo americano. “Se você tem informações sobre a prática de corrupção em uma companhia multinacional, entre em contato conosco agora”, pede a empresa. A reportagem tentou entrar em contato com a organização pelo telefone disponível para as denúncias no Brasil, mas o número estava fora de área. Uma fonte no escritório americano confirmou a busca por informantes no Brasil, explicando se tratar de uma ação privada, sem ligação direta com o governo americano. (Mariana Durão, Agência Estado)

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