martins em pauta

quarta-feira, 25 de março de 2015

Mercadante diz que governo não vai flexibilizar ajuste fiscal

Quarta, 25 de Março de 2015 

Foto: José Cruz/Agência Brasil

O ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, disse nesta terça-feira (24) que o governo está convicto da importância das medidas do ajuste fiscal e que o país depende da aprovação dos cortes para retomar o crescimento. Segundo Mercadante, o Congresso Nacional é um poder independente e vai votar as medidas como “achar que deve”, mas o governo não vai voltar atrás nas propostas. De acordo com a Agência Brasil, entre as medidas do ajuste fiscal que dependem de aprovação do Congresso, estão as medidas provisórias (MPs) 664 e 665, que restringem o acesso a benefícios previdenciários e trabalhistas e o projeto de lei que altera as alíquotas e reduz as desonerações da folha de pagamento. “O governo tem absoluta prioridade e total compromisso com o ajuste fiscal. Não procedem as informações de que – seja em relação ao presidente Lula [Luiz Inácio Lula da Silva], seja em relação ao Partido dos Trabalhadores – o governo esteja flexibilizando o ajuste”, disse Mercadante em entrevista após participar de reunião com a presidenta Dilma Rousseff e mais dez ministros. “O ajuste é essencial, precisa ser discutido em sua profundidade. E por que precisa ser aprovado? Porque quanto mais rápido for o ajuste, mais rápido vamos retomar o crescimento”, avaliou. Mercadante disse que o governo, com participação da equipe econômica, está negociando a aprovação das medidas com lideranças parlamentares e que vai usar “todos os argumentos” para que as propostas passem no Congresso. “O Congresso Nacional é um poder independente. Ele vai votar como achar que deve votar. A convicção do governo é que as medidas foram discutidas com muita profundidade, elas têm consistência, têm fundamentações que são muito estruturais para o país, são indispensáveis à economia brasileira. É isso que estamos defendendo”, argumentou. Segundo ele, com o ajuste nas contas, o governo pretende “gastar menos e gastar melhor, com mais austeridade”. O ministro reconheceu que governo “desonerou demais num passado recente” e agora tem que reduzir subsídios para retomar o crescimento da economia a manter o equilíbrio fiscal. O ministro repetiu declarações da presidente Dilma Rousseff de que as medidas do ajuste fiscal são temporárias e necessárias diante de dificuldades conjunturais. Segundo ele, os cortes são um “sacrifício indispensável e passageiro”.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Contato : (84) 9 9151-0643

Contato : (84) 9 9151-0643